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segunda-feira, 9 de junho de 2014

De Amsterdam a Koln


Uma parte da viagem, da Viagem Improvável, quase a metade, vai ficando para trás.
A parte mais sujeita a imprevistos, a situações que pudessem fugir do controle, que pudessem dar sobressaltos como em algum ou outro momento chegou a suceder.
Lisboa, a primeira estada em Londres, Paris, Brest, Douarnenez , Quimper, Rotterdam, Drachten e Amsterdam estão vencidas.
A caminho de Koln, saindo de Amsterdam com baldeação em Utrecht, restam poucos dias, até segunda, para estar de volta a Londres.
Em Londres, até 18 de julho, estou em “casa”.

Neste momento olho pela janela à espera de algum sinal que indique que o trem entrou na Alemanha.
Ainda hà pouco o fiscal passou pedindo a passagem. Pediu-me também o passaporte.
Duas horas até Koln.

Pela janela vejo, assim que se sai da estação de Utrecht, muita mata e áreas verdes, em parte com plantio.

O trem chega à uma estação, Arnhem, acho que vai ir passando por várias no caminho
Pára por alguns minutos e retoma seu trajeto atravessando uma parte da cidade que reproduz o mesmo modelo de construções que se encontra em toda a Holanda.
Prédios de tijolos à vista, telhados altos, raramente um terraço e frequentemente águas furtadas.
Como a grande maioria das casas simplesmente repetem um mesmo modelo, reproduzido infinitamente, não há como deixar de ter a idéia de um enorme conjunto habitacional.

                                                                                   Abro um parêntese.
Neste momento o trem vai passando ao lado de uma via, praticamente uma estrada, bem larga , com ciclistas transitando.
Tudo leva a supor que estão percorrendo distâncias bem grandes pois já estamos em uma zona pouco urbanizada.
E me faz supor, sem dúvida, que ainda estou na Holanda.
Alguém na condição de porta-voz do trem anuncia que o trem se retardará alguns minutos ( creio que disse oito) à espera da passagem de uma outra composição.
Isto não parece perturbar ninguém.
É um dia muito agradável, o sol entra pela janela ao meu lado.
O vagão tem vários lugares vazios e em alguma poltrona mais à frente um dos passageiros ressona dormindo.

Acabamos de passar por Wesel.
O trem não pára, nunca vou saber se por não ser previsto ou por não ter passageiros para subir ou descer, e começa a acelerar.
Sempre é surpreendente a velocidade que podem alcançar.
Nada anuncia ainda que tenhamos entrado na Alemanha.
Fico em dúvida, procurando uma sinalização , uma inscrição em alemão
Passamos por uma usina  que lembra Candiota pelo porte da chaminé de exaustão.
Finalmente a arquitetura começa a dar sinais de que se modifica um pouco , mais casas pintadas, uma ou outra de brando ou amarelo
Estamos na Alemanha!




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