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quarta-feira, 23 de julho de 2014

Pelotas, capital da Zona Sul

Fotografia de Roberto Heiden de cena do entardecer em Pelotas, no entorno da praça central vendo-se em primeiro plano o antigo Grande Hotel e, mais ao fundo à esquerda, a cúpula da antiga sede do Banco do Brasil e, à direita, uma parte da fachada do prédio da Prefeitura Municipal. 
Em realce a pavimentação de paralelepípedos que tem sido agredida, em alguns pontos desnecessariamente, pela pavimentação asfáltica.
Segundo o Wikipedia, Pelotas é um município da região sul do estado do Rio Grande do Sul, no Brasil. Considerado uma das capitais regionais do Brasil, possui uma população de 327 778 habitantes e é a terceira cidade mais populosa do estado.

Está localizado às margens do Canal São Gonçalo que liga as Lagoas dos Patos e Mirim, as maiores do Brasil, no estado do Rio Grande do Sul, no extremo sul do Brasil, ocupando uma área de 1 609 km² e com cerca de 92% da população total residindo na zona urbana do município. Pelotas está localizada a 250 quilômetros de Porto Alegre, a capital do estado.

Na história econômica do município, destaca-se a produção do charque, que era enviado para todo o Brasil e que fez a riqueza de Pelotas em tempos passados.

O município conta com cinco instituições de ensino superior, quatro grandes escolas técnicas, dois teatros, uma biblioteca pública, vinte e três museus, dois jornais de circulação diária, três emissoras de televisão, um aeroporto e um porto flúvio-lacustre localizado às margens do Canal São Gonçalo.

Tanto a zona urbana quanto a rural de Pelotas conta com monumentos, paisagens e belas vistas, que levaram a televisão brasileira a escolher o município já por três vezes como cenário para suas produções: Incidente em Antares, cuja locação foi feita na zona do porto; A Casa das Sete Mulheres, gravada numa charqueada na zona rural, e do filme O Tempo e o Vento, cujas filmagens ocorreram no fim de abril de 2012.

Em Pelotas, é realizada, todos os anos, a tradicional Fenadoce - Feira Nacional do Doce, festa de eventos ancorada pelos famosos doces de origem portuguesa que fazem a fama de Pelotas.
E neste breve, talvez desatualizado resumo, cabe acrescentar que a 15 km do centro, chega-se a praia do Laranjal junto a Lagoa dos Patos.

quarta-feira, 16 de julho de 2014

Festival Náutico de Faversham

@Faversham Nautical Festival in the heart of Faversham on Town Quay as photographed and publicised by a Brazilian visitor, Paulo Baptista at the weekend. Under the proposals in the official neighbourhood plan that black shed in the background, currently occupied by Wilkinsons sails, would be replaced by five storey blocks of prime location apartments. Lets hope the consultation just finished has persuaded the Steering Group that that is great for developers but a really bad plan for the Town.




domingo, 13 de julho de 2014

Festival Náutico de Faversham

                                                                                    Faversham , no capítulo das incursões fora
de Londres, revelou-se um encerramento em alto estilo.
Cabe mencionar que isto devo aos contatos mantidos durante um bom tempo com Sue Cooper, antes uma correspondente e, agora, uma amiga que ganhei em Faversham.
Minha presença coincidiu com a realização anual do Festival  Náutico de Faversham o que foi particularmente oportuno pois tive a possibilidade de estar em contato, simultaneamente, com os vários aspectos da cultura marítima da cidade e com várias pessoas envolvidas no projeto. 
Na foto do topo estou na companhia , à minha direita, de Brian Pain, proprietário da thames barge "Lady of the Lea" , e do outro lado, de Eldon Hichliffe. 
Faversham é um cidade com cerca de vinte mil habitantes, portanto bem pequena, mas com uma história que remonta aos romanos e com uma tradição náutica de dimensões e profundidade surpreendentes.
Como um ponto muito importante desta tradição é importante citar a preservação de Standard Quay um trecho de cais dentro de Faversham Creek onde, historicamente,  thames barges eram reparadas. 
No entanto Standard Quay está seriamente ameaçado, já tendo sofrido  modificações, pela compra da área por um incorporador que pretende construir habitações, de até cinco andares, além, dependendo do impedimento que tenha para construir casas, de bares e lojas.
Um grupo de interessados na preservação náutica do local e dentro da perspectiva da própria importância turística para a economia da cidade , tem mantido uma luta para reverter este projeto.
Tive a oportunidade , durante minha permanência  em Faversham, de conhecer vários aspectos desta luta dando inclusive meu depoimento sobre a questão para o jornal local Faversham News e em entrevista gravada em vídeo. 
Lembrei, na oportunidade, a experiência que eu próprio tenho vivenciado para salvar o Rebocador a Vapor Silveira Martins do sucateamento e levar adiante o projeto da criação do Museu do Barco.
Entre as pessoas que conheci em Faversham, envolvidas de diferentes formas com a questão da preservação de Standard Quay , lembraria neste momento Ben White mas foram muitas, algumas com um envolvimento deveras importante que procurarei explicitar mais adiante.
Mas além dos aspectos náuticos pude também conhecer um pouco da vida desta encantadora cidade incluindo, inevitável, alguns pubs, em especial The Anchor.
Ao final do segundo dia, depois de acompanhar a festa promovida junto a Faversham Creek e de ter sido interpelado por Bruce Roberts ( sim, Bruce Roberts em pessoa) que ouviu falar da presença de um brasileiro no Festival , ainda encontro uns minutos, antes de partir , para tomar com Sue uma última cerveja  num pub ao lado da estação. 
E a seguir , já com o tempo se esgotando, apresso-me para tomar o trem que no horário previsto de 19:58 ,  desperta dentro de si uma força gigantesca e começa a movimentar sua massa descomunal com uma precisão que dá a idéia de que obedece a um poder superior.
E talvez até obedeça enquanto se lança à alta velocidade rumo de volta a Londres
Só tenho que me deixar levar, aproveitando o tempo do percurso, uma hora, para ficar escrevendo no notebook , descer na estação King’s Cross St. Pancreas e tomar o underground da Northern Line para Colliers Wood onde os felinos Homer e Oliver me esperam.
Ficariam muito decepcionados se eu não voltasse e a  última coisa que quero em minha vida é decepcionar um par de gatos tão especiais.

 . .

"Críquete"

Perdi a conta do número de vezes que me perguntaram o que fazia na Europa durante a Copa do Mundo e não estava no Brasil.
Dependendo da situação eu procurava dar uma explicação mais ou menos detalhada.
Depois a pergunta começou a ser menos frequente com a eliminação da Inglaterra.
Mas a partir do jogo com a Alemanha o questionamento tomou outro rumo.
Parti então para estruturar minha defesa exatamente  o que a seleção deixou de fazer.
Passei a dizer que não estava acompanhando a Copa ou que nem gosto de futebol.
E quando observava que meu interlocutor ficava momentaneamente aturdido,  concluía:
"Meu esporte favorito é críquete "
Como se realiza em Londres um torneio internacional de críquete e a Inglaterra vai mal, pelo menos andou perdendo uma fase por uma larga diferença para a India ( desconfio que tenha sido uma goleada), isto tem ajudado a sossegar o assédio.
Os ingleses parecem não estarem muito dispostos a falar sobre o assunto.

quarta-feira, 9 de julho de 2014

Reflexões de fim de viagem


Francisco estava apenas de passagem em Londres.
Não tinha pressa em ir a lugar nenhum, conforme até não ia.
Por isto não considerava que suas reflexões pudessem ter qualquer generalidade.
Houve um momento em que procurava se manter afastado dos turistas.
Agora parecia que queria também se manter afastado dos londrinos.
Não que lhes tivesse qualquer rejeição, não era isto. Ao contrário mostraram-se quase sempre atenciosos, gentis.
Era outra coisa que tinha a ver com o fato de que lhe pareciam muito iguais.
Ou, pensando melhor, parecidos.
Estranhamente parecidos como se tivessem sido instrumentalizados para algum tipo de robotização.
Mas estas eram considerações sem muito fundamento.
Aliás, sem qualquer fundamento. Começava a ter contato com pessoas que davam mostras de simpatia , senso de humor e criatividade.
E eram inglesas, talvez até londrinas.
Mas com o que mais se impressionava era com as estações de metro vazias.
Londres nestes momentos parecia uma cidade fantasma.
Sabia que lá encima, especialmente em lugares como o Soho, as ruas fervilhavam de gente sentadas ou em pé à frente dos pubs.
Mas esta animação não chegava até à profundidade das linhas do metrô.
Ali, passado o momento do rush, depois que todas as pessoas tivessem cruzado por alguns minutos, e ido embora para suas casas,  restava um grande vazio.
Uma ou outra pessoa ainda passa mas logo desaparece engolida em algum túnel.
Lá fora a noite já poderá ter chegado.
Francisco não sabe porque ainda ficou pela volta durante uns instantes.
Precisava sair , voltar para o seu país, distante dali.
Para a sua cidade que ficava no Sul e na qual, enquanto em Londres o verão prosseguia disfarçado de primavera, por estes dias fazia frio.

A bordo da "Hydrogen"


A bordo da barca Hydrogen com meu amigo Des Pawson criador do The Knots Museum.
A barca está ancorada em South West Quay no Orwell River, Ipswich e é empregada em passeios e eventos.
Des Pawson é considerado uma autoridade mundial, com livros publicados, no estudo e conhecimento do emprego e tipos de nós náuticos.
Ipswich é uma cidade com cerca de 150 mil habitantes, ao norte de Londres, a uma hora de trem, com inúmeras e valiosas referências náuticas.

terça-feira, 8 de julho de 2014

Ghost Ship & Wild Mushrooms


"The Butt & Oyster" é um restaurante junto ao Orwell River em Ipswich ( uma hora de trem ao norte de Londres) com um antigo e interessante ambiente náutico. Fui convidado pelo meu amigo Des Pawson ( The Knots Museum)

Arrisquei-me com a cerveja Ghost Ship (Navio Fantasma) para acompanhar a Wild Mushroom Bruschetta ( bruschetta de cogumelos selvagens).

Sobrevivi em condições de enfrentar muitas outras aventuras deste tipo...

sexta-feira, 4 de julho de 2014

"The Nelson Arms"




 Mais um dia de "gazeta" e de rebeldia. Troco uma incursão pelos lugares turísticos por uma caminhada, sem muito destino, pelas redondezas de Colliers Wood já dentro de Wimbledon South.
E encontro este pub!
Como centenas de outros em Londres ainda que este num prédio muito particular construído, segundo a informação que me deram, no século 19.
Mas a quilômetros da balbúrdia dos pubs do centro e sem o mais remoto indício de turistas. 
Eu, talvez, mas minha presença é tão discreta que nem me dão atenção, nem mesmo pela máquina fotográfica que sempre carrego junto do corpo.
Os frequentadores são rigorosamente moradores da vizinhança.
Decido entrar e pedir uma Guiness. 
O ambiente é calmo, amplo, alguns frequentadores, poucos, se acomodam pelos cantos.
Num grupo a atenção está voltada para o jogo Itália vs Costa Rica.
A Inglaterra depende de uma vitória da Itália para continuar com possibilidades de classificação. 
Mas, em outro televisor, em outro lado do pub, acompanham também um jogo de criquete. 
Pego minha cerveja e permaneço no balcão ( exatamente, na foto, entre os dois de camisa branca, neste momento tinha me afastado para fotografar) procurando me sentir dentro do ambiente. 
Até me sinto mas me prejudica não conseguir entender quase nada do que dizem. 
Nestes momentos o inglês que temos por muito bom mostra-se insuficiente.
Decorrido algum tempo a Costa Rica faz um gol. 
Um belo gol.  
A Inglaterra começa a se despedir da Copa. 
O entusiasmo que se via até então nos bares e nas ruas, com os automóveis embandeirados , agoniza. 
Os pubs, enfeitados com flâmulas com a cruz vermelha de São Jorge sobre fundo branco, ficarão sem festas. 
Ingleses que estão no Brasil já devem começar a voltar.
E os que permaneceram aqui tem seu interesse por futebol ainda mais dividido com o críquete e as corridas de cavalo , até porque talvez não esperassem muito da seleção inglesa neste Mundial.
Termino de tomar minha cerveja, ainda penso em tomar outra, mas desisto e saio.
Na rua ocorre-me de seguir adiante mas mudo de idéia.
Já me afastei bastante.
O sol já declina e um arzinho mais frio começa a se sentir.
Hora de voltar.


quinta-feira, 3 de julho de 2014

Canary Wharf


Canary Wharf é um destacado distrito de negócios localizado em Tower Hamlets. É um dos dois maiores centros financeiros de Londres juntamente com a tradicional City.
Ali se encontram vários dos edifícios mais altos da Grã-Bretanha incluindo o segundo mais alto, One Canada 

No local trabalham aproximadamente 105 mil pessoas sendo a sede
européia ou mundial de numerosos bancos, empresas e organizações de mídia como Barclays, Citigroup, Clifford Chance, Credit Suisse, Infosys, Fitch Ratings, HSBC, J.P. Morgan, KPMG, MetLife, Morgan Stanley, RBC, Skadden, State Street e
Thomson Reuters.

Canary City está localizada na West India Docks que antigamente formava parte do porto mais ativo do mundo. A história deste porto é relatada, em seus vários aspectos, no Museum of London Docklands, um museu bem estruturado e que permite entender o contexto histórico, econômico e social da região.
                                                                             A afluência e o arrojo deste setor de Londres já ficam realçados ao se chegar na estação underground com instalações surpreendentemente modernas.
E em toda a área se respira esta atmosfera fortemente carregada de mundo financeiro. Geograficamente trata-se de uma região privilegiada pois desfruta da beleza do Tâmisa e, em particular, das docas que se espalham em torno e que são atravessadas em vários pontos por pontes.



Machado de Assis e Fernando Pessoa em espanhol

Conforme tinha combinado com a turma de espanhol, na Donald Hope Library em Colliers Wood hoje a aula desenvolveu-se, em razão da ausência do Professor Bruno, sob a minha coordenação. 
Optei por trabalhar com dois textos em versão espanhola,  A Tabacaria de Fernando Pessoa e o capítulo 33, Olhos de Ressaca,  do Dom Casmurro de Machado de Assis.
Comentei em poucas palavras a importância de cada um dos autores para a Literatura de Língua Portuguesa
Fizemos inicialmente a leitura de Machado de Assis, discutindo cada trecho quanto à pronúncia, vocabulário e outros pontos de interesse.
Com A Tabacaria não avançamos muito porque esgotou o tempo de duas horas.
A turma tem um nível geral de conhecimento de espanhol muito bom , pode-se dizer adiantado ( um dos alunos, por exemplo, já morou um ano na Espanha) e foi uma experiência realmente muito prazerosa trabalhar com ela.
Combinamos de continuar a próxima semana mesmo que o professor retorne.
.
Como comentei antes em tom de brincadeira se quisesse ficar por aqui já teria trabalho.
Dando aulas de português ou até de espanhol. 
Só não sei se poderia manter-me pois, no caso, é uma atividade voluntária, sem remuneração.
Aqui como no Brasil ser professor nem sempre é financeiramente muito rentável.
Mas o grau de satisfação pode ser muito grande.