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sábado, 29 de novembro de 2014

Tucumán con Esmeralda



Minhas viagens não são viagens, são obsessões.

Preciso voltar às mesmas cidades e, em cada cidade, aos mesmos lugares.
Aos mesmos bares, às mesmas livrarias, às mesmas praças, às mesmas ruas e esquinas e paisagens.
Tocar as mesmas coisas, pisar as mesmas pedras, ter a sensação que ainda faço parte do mesmo mundo.  

Preciso me sentir como se tivesse vivido nestes lugares a vida inteira, preciso ser parte deles até que neles me apontem e digam que me conhecem, até que ali procurem por mim. .
Não importa que sejam lugares anônimos, aliás quanto mais anônimos mais serei parte deles e serei eu mesmo.

E se me sentir à vontade para sentar à uma mesa, pedir um café e me pôr a escrever algumas linhas , isto pode ser o início do caminho para a eternidade e para a liberdade.

Por isto volto constantemente ou nem chego a sair destes lugares, que às vezes são lugares imersos na sombra e na melancolia, à espera que alguém vindo da rua entre pela porta como uma revelação, envolvido numa luz radiante, e às suas costas se abra um grande caminho de vidência e felicidade.

P.R.Baptista
Buenos Aires

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