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quarta-feira, 7 de maio de 2014

Bicicletas de Lisboa

Não se vêem muitas bicicletas circulando no centro de Lisboa.
Os ciclistas são ocasionais.
A topografia da cidade pode ter alguma influência sobre isto mas a causa maior parece ser cultural.
As bicicletas solitárias perdidas no espaço enorme da Praça do Comércio parecem dar esta impressão embora dêem também  a idéia de um casal de namorados unidos, ou talvez acorrentados, para sempre.

À tarde, circulando pela orla do  Tejo onde há vários pontos de interesse náutico, pode -se ver grupos maiores de ciclistas circulando.
Mas dá a idéia de serem passeios programados, alguns , talvez até a maioria, de turistas.
Deixando de lado os turistas que dão à cidade um ar circense, algo artificial, Lisboa é encantadora.
Lembra um pouco Montevideo pelo ambiente ainda pacato e pela preservação de sítios antigos em sua arquitetura.
Também a presença do mar traz esta lembrança.
Parece em muitos aspectos uma cidade pequena até pelos costumes.
São por estes aspectos , aliás, que acaba atraindo como mel os turistas. pousando como moscas sobre tudo, metidos em cada canto, em cada beco sem saída como uma força invasora.
Mas é preciso fazer a respeito um reparo.
Tirando de lado  a forma como transformam a cidade numa espécie de espetáculo, a presença dos turistas, além da importância para a economia que enfrenta aliás dificuldades em Portugal, com desemprego e inclusive cortes de salários, é um momento excepcional para entrar em  contato com pessoas de todos os países.
Apenas para exemplificar, dentro do tema, encontrei em plena Praça do Rossio um casal com bicicletas que me disseram serem suíços e que, no último trecho, tinham pedalado desde Madri.
Uma distância considerável, não há dúvida.



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