
Um dos aspectos que mais chamam a atenção com relação ao ciclismo na Holanda é a participação intensa não só de adultos mas, igualmente, de idosos e crianças.
Não me surpreendeu, portanto, deparar-me na Hobbematstraat com uma senhora que procurava um pouco atrapalhada resolver alguma coisa na sua bicicleta.
Enquanto isto o motorista de um carro luxuoso, como existem muitos, aguardava o momento de avançar.

Dirigi-me a ela e relatou-me que a sacola que levava sobre o bagageiro, segundo disse encomendada recentemente, devia estar prejudicando o movimento da roda traseira.

Demos uma volta no raio solto em torno de um outro fixo e, pronto, a bicicleta poderia pelo menos levar sua condutora ao seu destino.
Num dado momento da conversa perguntei-lhe se gostava de usar a bicicleta.
Confesso que andei o tempo todo tentando encontrar algum traidor, que me dissesse que odiava ou, pelo menos, que não gostasse.
Sua resposta, no entanto, me deixou sem ação.

- Se gosto?, iniciou respondendo e, em seguida, concluiu:
- Eu pedalei toda a minha a vida!, afirmou categoricamente..
Diante desta resposta eu não tinha mais o que dizer.

Fiquei, portanto, depois de nos despedirrmos, apenas vendo-a desaparecer, caminhando lentamente a carregar a bicicleta, curiosamente num sentido contrário ao que imaginei que vinha tomando, pela Hobbematstraat em direção ao Museu Rijks .
Fui seguindo-a com o olhar até onde era possível distinguí-la em meio a outras pessoas que foram aparecendo e ainda pude perceber , finalmente, que subia na bicicleta e desaparecia pedalando.
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